terça-feira, 21 de maio de 2013

A correta utilização que se atribui à letra \"x\"

Dúvidas em relação ao emprego do “x”? Eis um fato considerado extremamente trivial, pois temos o feixe de lenha e temos também o chuchu. 

Palavras que corriqueiramente causam dúvidas em relação à escrita, assim como tantas outras. Diante desse impasse, como compreendermos acerca de suas características ortográficas? 

Nada que uma boa dose de prática não consiga saná-lo, mas enquanto conquistamos tal habilidade, resta-nos ampliar nossos conhecimentos a cada instante, a fim de que possamos constatar algumas peculiaridades inerentes a essa parte da gramática– ora representada pela ortografia. 

Assim sendo, verifiquemos algumas considerações, tendo em vista o emprego relacionado à letra “x”: 

Casos relacionados a essa ocorrência: 

*Depois de ditongos: 
ameixa, caixa, baixela, caixote, peixe, feixe...
* Em palavras de origem indígena e africana: 
Xingu – Xavantes – maxixe...
* Palavras iniciadas pelas sílabas “em” e “me”.
México – mexilhão – mexerica – enxame- enxurrada...
Observação importante: 
Caso houver o prefixo “-em” seguido de palavras iniciadas por “ch”, o dígrafo será mantido.
encher – derivado do substantivo cheio

encharcar - derivado do substantivo charco

enchumaçar – derivado do substantivo chumaço

Vozes do Verbo

O verbo representa a classe gramatical que mais se revela passível de flexões – de pessoa, número, tempo, modo e também de voz. Esta última, por sua vez, se caracteriza pela maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, ora classificada por: ativa, passiva e reflexiva. 

Diante de tal pressuposto ampliaremos nossos conhecimentos acerca deste assunto, de modo a interagirmos efetivamente com as peculiaridades que lhe são condizentes:

Voz ativa:
Neste caso, o sujeito é quem pratica a ação, tornando-se agente desta. 
Exemplo:

Voz passiva:
Caracteriza-se pela ação sofrida pelo sujeito, na qual o sujeito se revela não mais como agente, e sim como paciente.
Exemplo:

Observação digna de nota: 
A voz passiva ocorre sob duas formas. Vejamo-las:
* Voz passiva sintética – formada por um verbo transitivo direto (ou direto e indireto) na terceira pessoa do singular ou plural, acompanhada do pronome oblíquo “se” (ocupando a função de apassivador).
Exemplo: 


* Voz passiva analítica – formada por um verbo auxiliar (ser ou estar), conjuntamente com o particípio de um verbo transitivo direto (ou direto e indireto). Exemplo:


Voz reflexiva: 
A ocorrência se dá quando o sujeito se revela por ser agente e paciente ao mesmo tempo, isto é, pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
Exemplo:

Atendo-nos a uma análise deste, constatamos que o sujeito - representado pela menina – executou a ação de pentear-se, como também recebeu algo em decorrência desta mesma ação – o fato de ficar penteada (arrumada).

Verbos unipessoais

Verbos unipessoais apresentam somente a terceira pessoa gramatical
Verbos unipessoais apresentam somente a terceira pessoa gramatical
Os verbos unipessoais são aqueles que apresentam somente a terceira pessoa do singular ou do plural.
Os verbos, de forma geral, constituem recursos importantíssimos, utilizados para formular discursos e, assim, atingir os objetivos específicos de cada situação comunicativa. Nesse sentido, observe algumas considerações:
# Os verbos unipessoais exprimem ações ou estados relativos às vozes de animais, tais como: mugir, cacarejar, latir, miar, entre outros. No entanto, na linguagem conotativa, com exceção da primeira e da segunda pessoa, podem ser conjugados. Dessa forma, vejamos um exemplo:
Latiam palavrões de toda ordem. 
Constamos que o verbo assume o aspecto antes demarcado (permanecendo na terceira pessoa do plural).
# Estando na terceira pessoa do singular, os verbos se constituem de sujeito representado por uma oração. Nesse caso, são exemplos: ocorrer, convir, custar, acontecer, entre outros. É o que podemos observar por meio do exemplo que segue:
Custa voltar atrás. 
O que custa? Voltar atrás. 
Tem-se, então, o sujeito, ora representado por uma oração subordinada substantiva reduzida de infinitivo.

Verbos reflexivos

Particularidades parecem não faltar (e realmente não faltam) quando o assunto diz respeito à classe gramatical representada pelos verbos. Assim, diante dessa realidade inquestionável, propusemo-nos a levar até você algumas importantes elucidações que se fazem presentes em uma das ocorrências gramaticais: os chamados verbos reflexivos.
Ao proferirmos “reflexivos”, alguma noção talvez venha à tona, assim mesmo, como se fosse algo relacionado ao ato de refletir. Pois bem, caro(a) usuário(a), é justamente essa concepção  que se aplica ao caso em referência, haja vista que a ação se reflete no próprio sujeito que a pratica. Assim, para que tudo fique um pouco mais claro, analisemos o caso abaixo:
O garoto se feriu com a faca.
O garoto foi o agente – ele praticou a ação de tocar no objeto, claro. Em seguida, essa ação se voltou para ele próprio, ou seja, a ação de ficar ferido.
Dessa forma, é bom que se diga que, além desse pressuposto, os verbos reflexivos aparecem sempre acompanhados do pronome pessoal oblíquo átono, que no caso acima analisado define-se pelo pronome “se”.
Outra questão que também é pertinente diz respeito ao fato de eles não serem confundidos com os verbos pronominais, uma vez que eles trazem para junto de si esse pronome, fato que não ocorre com os reflexivos, pois o pronome não é parte deles. Então, não confunda!!!

Verbos pronominais

Dadas as particularidades as quais norteiam a classe em questão – ora representada pelos verbos – faz-se necessário que estejamos atentos a todas elas. 

E por elas ressaltar, há que se enfatizar sobre um desses tantos pormenores, ou seja, o fato de alguns verbos serem considerados pronominais. Mas, afinal, tal característica é resultante de que aspecto? 

Pois bem, os chamados verbos pronominais são aqueles que, necessariamente, são acompanhados de um pronome oblíquo (adequado à respectiva pessoa gramatical), pelo fato de denotarem ações próprias do sujeito, como é o caso dos verbos: arrepender-se, sentar-se, queixar-se, zangar-se, pentear-se, enganar-se, entre muitos outros. 

Mediante tais postulados, analisemos a conjugação referente ao verbo sentar-se, no intuito de verificarmos acerca dos traços que lhe são peculiares. Vejamo-lo, portanto: 

Modo subjuntivo 

Modo imperativo 

Verbos nocionais e não nocionais

Torna-se viável retomarmos o conceito de que os fatos linguísticos se encontram inter-relacionados entre si. E, por assim dizer, vale mencionar que o estudo ora em discussão se encontra atrelado aos seguintes elementos: 



Neste sentido, sequencialmente, temos que o verbo ou a locução verbal representa o núcleo central do predicado. Dessa forma, é por intermédio do aspecto apresentado por este (o verbo) que se determina a transitividade verbal. Tal aspecto encontra-se relacionado à existência de duas subdivisões: o grupo dos verbos nocionais e o grupo dos não nocionais. 

Os verbos nocionais são os que exprimem processos, ou seja, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo e atividade mental. Entre estes podemos citar: 

pular
trovejar
relampejar
estudar
pensar
querer
pensar
analisar, entre muitos outros.
Como anteriormente ressaltado, estes verbos representam o núcleo do predicado. Assim como: 

Estudamos para as avaliações.
Temos um sujeito desinencial ou oculto, representado pela 1ª pessoa do plural – nós.

Estudamos para as avaliações – predicado, no qual o núcleo é o verbo estudar (estudamos).
Aqueles considerados não nocionais exprimem um caráter de estado, o qual se relaciona ao sujeito. Em virtude deste aspecto são denominados verbos de ligação, uma vez que liga o sujeito a uma dada característica – fato que não mais os faz ocupar a função de núcleo. São exemplos desta modalidade: 

ser
estar
continuar
permanecer
ficar
virar
tornar-se
andar, entre outros.
Atendo-nos a alguns exemplos, tais como o verbo andar e virar, são que estes, a princípio, parecem denotar ação. A verdade é que tanto podem pertencer a um grupo quanto ao outro, o que irá distingui-los é o próprio contexto. Portanto, analisemos alguns casos representativos: 

A garota anda depressa.
A ação neste contexto parece ditar sua palavra de ordem. Sendo assim, ele classifica-se como nocional.
Márcia anda tristonha.
Aqui, expressa o estado do sujeito (no caso, o de Márcia). Razão pela qual ele se classifica como não nocional.
Mediante tais pressupostos, voltemos ao esquema anterior no sentido de reforçarmos a ideia relacionada à transitividade verbal: os verbos nocionais, desempenhando sempre a função de núcleo de predicado, classificar-se-ão como transitivos diretos e indiretos. 

Os não nocionais, por denotarem o estado do sujeito, serão denominados verbos de ligação.

Verbos impessoais

Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito
Verbos impessoais são aqueles que não possuem sujeito
Verbos impessoais... o próprio nome parece nos fornecer algumas pistas rumo a desvendarmos os traços peculiares que norteiam tal assunto, concorda?
Pois bem, ele é impessoal porque não existe pessoa verbal, ou pelo menos nem todas elas. Mas, primeiramente, torna-se essencial compreendermos que os chamados verbos impessoais pertencem àqueles verbos denominados defectivos, os quais não possuem conjugação completa, tendo em vista os tempos e pessoas que integram as conjugações verbais de uma forma geral. Tal aspecto se deve a não existência de determinados fatores, tanto de ordem morfológica, quanto eufônica (referente ao som que uma determinada palavra produz ao ser pronunciada).
Assim sendo, afirmamos que esses verbos (impessoais) apresentam somente a terceira pessoa do singular, visto que não possuem sujeito. Vejamos, pois, quais são eles:
* Aqueles que indicam fenômeno da natureza, tais como:
Nevar
Relampejar
Trovejar
Ventar
Garoar, entre outros.
Chovia bastante quando saímos.
* Verbo haver indicando dois sentidos:
- Sentido de existir:
 muitas pessoas no pátio. (existem...)
- Sentido de tempo decorrido (passado):
 dois anos não o vejo.
* Verbos estar e fazer, quando indicarem:
- Clima:
Faz frio hoje.
- Tempo:
Está bastante tarde.

Verbos defectivos – traços peculiares

Como já é do nosso conhecimento, os chamados verbos defectivos são aqueles que apresentam irregularidades quando conjugados. Tal característica reside no fato de que em algumas formas eles deixam de ser flexionados, fato decorrente de questões de natureza morfológica, como é o caso do verbo falir que, comparado ao verbo falar, apresenta características idênticas. E também de ordem eufônica, por apresentarem uma sonoridade um tanto quanto “suspeita”, como é o caso do verbo computar.

Assim, em meio a esse ínterim, convém mencionar um fator extremamente pertinente – o fato de este argumento não ser aplicável a todos os verbos que apresentam formas verbais idênticas, como visto nos verbos trazer e tragar, que na primeira pessoa do presente do indicativo são expressos por: “eu trago”. Compondo também este grupo estão os verbos ir e ser, ora materializados pelas formas verbais “fui, fora, fosse, for”. Tais exemplos, apesar de apresentarem as referidas peculiaridades, não integram a modalidade em estudo (verbos defectivos).

Desta feita, os verbos defectivos subdividem-se em impessoais, unipessoais e pessoais, assim enfatizados:

* Verbos impessoais – São aqueles que apresentam somente a 3ª pessoa do singular, uma vez que não possuem sujeito. Representando esse grupo estão os verbos impessoais, os quais indicam fenômeno da natureza. Expressos por:


Outros verbos que também representam esse quadro são os verbos haver (indicando o sentido de existir ou exprimindo tempo decorrido) e os verbos fazer e estar (na indicação de clima ou tempo).

Exemplos:

Choveu bastante ontem.

Faz dois meses que não o vejo.

Está frio hoje.

Há fatos comprovados. (existem fatos comprovados)
* Verbos unipessoais – São aqueles que exprimem vozes de animais, portanto são conjugados somente na terceira pessoa do singular ou plural.
Exemplos:

O cão latia incessantemente.

As galinhas cacarejavam no quintal.
* Verbos pessoais – Compostos por aqueles destituídos de algumas formas verbais durante a conjugação, em decorrência de fatores ligados à eufonia e homofonia. Representados, entre outros verbos, por:


Verbos abundantes

Dentre as particularidades proferidas pela Gramática Normativa figura-se o fato de os verbos apresentarem duas formas de utilização – classificados como abundantes.

Tal fato, de forma indiscutível, causa uma certa problemática entre os usuários da língua, uma vez que estes se mostram duvidosos em relação à forma correta de utilizá-los. Mas a verdade é que, mesmo soando de forma não muito usual, consideram-se corretos os seguintes casos:


Verbos

Estudos anteriores permitiram-nos estabelecer familiaridade com as distintas classes de palavras, das quais cotidianamente nos servimos rumo à materialização de nosso discurso, nas mais diversas situações comunicativas. 

A classe que ora figura em questão – representada pelos verbos – traduz por excelência sua significativa importância, pois é em torno dela que se organizam as orações e os períodos, implicando, assim, na efetiva estruturação do pensamento. 

Diga-se de passagem, o verbo constitui uma classe um tanto complexa que, assim como as demais, se reveste de inúmeros traços peculiares. Para tanto, conhecê-los e torná-los práticos revela, sobretudo, indícios do aprimoramento de uma competência linguística devidamente satisfatória. 

Assim sendo, temos que o verbo se constitui como passível de inúmeras flexões, sendo estas de número (singular/plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro) e voz (ativa, passiva e reflexiva). 

O sentido que a ele se atribui é o de indicar ação (caminhar, estudar), estado (ser, estar, permanecer), fenômeno da natureza (chover, anoitecer, trovejar), entre outros processos.

Quanto a termos estruturais, pode-se dizer que, basicamente, três elementos se encontram envolvidos nesse processo: o radical, a vogal temática e as desinências. De modo a conferirmos acerca de suas particularidades, vejamos: 

* Radical – constitui-se do morfema que traduz o significado essencial do verbo. 
Exemplos: 

fal –ar
estud – ar
part – ir
receb –er
vend – er
 

* Vogal temática – representa o morfema que permite a ligação entre o radical e as desinências. Assim sendo, há três modalidades que a representam: 

a – caracteriza os verbos referentes à primeira conjugação.

cant – a – r - pul – – r - estud – a – r
b – caracteriza os verbos referentes à segunda conjugação. 

vend – e – r - beb – e –r - faz – e – r 
c – caracteriza os verbos referentes à terceira conjugação.
part – i – r - permit – i – r - assist – i - r 
Nota importante: ao conjunto formado pelo radical e pela vogal temática atribuímos o conceito de “tema”. 
* Desinências – retratam os morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexões do verbo. 

Há, portanto, desinências número-pessoais e desinências modo-temporais.
De modo a exemplificá-las, partiremos do exemplo em evidência: 

CANTÁSSEMOS 
CANTÁ= tema --------------------------- radical + vogal temática

-SSEMOS = desinência modo-temporal --------------------------------- (indica o modo: subjuntivo, e o tempo em que o verbo se encontra conjugado: pretérito imperfeito)

-MOS = desinência número-pessoal --------------------------------------(indica que o verbo se refere à primeira pessoa do plural).

Verbo vicário – definindo conceitos

O verbo vicário atua como sinônimo de outro, anteriormente dito

Possivelmente tal adjetivação (vicário) pode causar-lhe certa estranheza, mas não se preocupe, saiba que não estamos tratando de algo incomum, mas sim de algo que faz parte de nossa rotina, embora, às vezes, imperceptível. Assim, o termo vicário, semelhantemente a muitas outras palavras de nossa língua, deriva-se do latim: vicarius, cujo sentido se atém a “fazer as vezes de”, “que substitui”.

Dessa forma, como há os elementos coesivos, os quais corroboram para a estética textual, evitando assim que o discurso não se torne repetitivo, há os verbos vicários, os quais substituem aqueles anteriormente mencionados, de modo a evitar, também, possíveis repetições. Nesse sentido, podemos dizer que o verbo em referência atua como sinônimo do qual faz as vezes, representado, normalmente, pelos verbos ser e fazer. Observemos, pois, alguns exemplos, de modo a tornar as elucidações ainda mais evidentes:

Ele não viaja mais como viajava antigamente.

Ele não viaja mais como fazia antigamente. Constatamos que o verbo “fazia” substitui o verbo “viajava”.


Íamos convidá-lo a assistir ao filme conosco, contudo não o convidamos.
Íamos convidá-lo a assistir ao filme conosco, contudo não o fizemos. Neste caso, temos que o verbo “fizemos”, considerado como vicário, substitui o verbo “convidamos”.

A cerimônia se realizou, mas não se realizou como todos esperavam.

A cerimônia se realizou, mas não foi como todos esperavam. Notamos que o verbo “foi” (verbo ser) substitui o verbo “realizou”.

Se ela não conta a verdade, não conta porque tem medo.

Se ela não conta a verdade é porque tem medo. Aqui, explicitamente temos o verbo “é” (verbo ser) substituindo o verbo “conta” (contar).
Esses exemplos serviram somente de ilustração da ocorrência em pauta, mas, como dito anteriormente, vários outros compartilham da nossa comunicação cotidiana. É só prestarmos atenção que rapidamente os detectaremos.

Verbo reaver: aspectos morfológicos

Aspectos morfológicos... o termo “morfológicos” remete à Morfologia. Consequentemente, a uma parte da gramática que se ocupa dos estudos relacionados à formação (estrutura), classificação e flexão das palavras.
Pois bem, procurando nos ater de forma específica ao vocábulo “flexão”, esse nos remete às conjugações, já que se trata de uma classe gramatical. Gradativamente vamos aprofundando nossas reflexões e relembrando que flexões se apresentam interrelacionadas com as conjugações. Nesse sentido, após essa sequência de fatos, vamos ao ponto principal que norteia nossa discussão: será o verbo reaver um verbo defectivo?
Ao tentar solucionar tal impasse, há quem o considere como derivado do verbo “ver”; e há aqueles que o consideram como regular, seguindo, pois, todos aqueles paradigmas convencionais de que já temos conhecimento.

Contudo, a conclusão a que devemos chegar é a de que ele se trata de um verbo defectivo, ou seja, um verbo que não se apresenta conjugado em todas as pessoas gramaticais. Em face de tais elucidações, vejamos o porquê disso, conferindo a forma como ele se apresenta conjugado, tendo em vista somente o que o faz se diferenciar dos demais:
Modo indicativo
Nós reavemos
Vós reaveis
Modo subjuntivo
Não se encontra conjugado em nenhuma pessoa gramatical do presente de tal modo. 
Modo imperativo
Somente no imperativo afirmativo, demarcado pela segunda pessoa do plural: reavei vós.
Observação: Nos demais tempos ele segue conjugado normalmente.

Verbo precaver: particularidades linguísticas

O subtítulo presente no artigo em questão nos convida a refletir acerca de uma realidade inquestionável quando o assunto se refere aos fatos que norteiam a língua como um todo: particularidades linguísticas. Esse aspecto, em se tratando do universo dos verbos, parece ganhar ainda mais importância pelo fato de alguns deles apresentarem algumas falhas, tortuosidades, defeitos.
Ora, estamos falando dos verbos defectivos, que, como o próprio nome já indica, fogem doconvencionalismo, do usual, digamos assim. Pois bem, são verbos defectivos porque não se conjugam em todas as pessoas gramaticais, seja por um motivo, seja por outro. Dessa forma, integrando essa modalidade se encontra o verbo precaver. Tente, pois, imaginar-se conjugando o referido verbo da mesma forma como você conjugaria outros tantos, como, por exemplo, o verbo amar:

“Eu precavo
Tu prevaves
Ele precave”... E assim por diante*.

Antes de darmos sequência à conjugação, ocupemo-nos em estabelecer familiaridade com algumas das particularidades linguísticas que norteiam o verbo em questão.

Derivado do latim praecavere, esse verbo suscita dúvidas entre grande parte dos estudiosos da língua, haja vista que alguns o consideram realmente como verbo defectivo, razão pela qual apenas se apresenta conjugado nas formas em que a sílaba tônica se situa fora da raiz, ou seja, fora do radical. Outros, porém, já o concebem como um verbo passível de ser conjugado em todas as pessoas gramaticais.

Consideremo-lo, portanto, como um verbo que apresenta falhas evidentes, estando elas demarcadas pelas ocorrências expressas abaixo:

Modo indicativo
Presente: Nós precavemos/vós precaveis. (Nota-se a ausência das primeiras pessoas do singular e da terceira do plural);

Pretérito imperfeito: precavia, precavias, precavia, precavíamos, precavíeis, precaviam;
Pretérito perfeito: precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes, precaveram;

Pretérito mais-que-perfeito: precavera, precaveras, precaver, precavêramos, precavêreis, precaveram;

Futuro do presente: precaverei, precaverás, precaverá, precaveremos, precavereis, precaverão;

Futuro do pretérito: precaveria, precaverias, precaveria, precaveríamos, precaveríeis, precaveriam.

Modo subjuntivo

Presente: não possui
Pretérito imperfeito: precavesse, precavesses, precavesse, precavêssemos, precavêsseis, precavessem;
Futuro: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem.

Formas nominais

Infinitivo impessoal: precaver;
Infinitivo pessoal: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem;
Gerúndio: precavendo;
Particípio: precavido.

Modo imperativo
Precavei vós (única forma existente).

Em face das elucidações até então abordadas, podemos optar por outro verbo de mesma significação, mesmo porque a sinonímia se caracteriza como um dos recursos dos quais podemos utilizar, sempre que necessário for. Dessa forma, podemos perfeitamente fazer a substituição do verbo precaver pelo verboprevenir, sem alteração nenhuma de sentido.

* Como podemos perceber, tais formas foram somente ilustrativas, haja vista que não se manifestam como adequadas.

Uso do pronome cujo

O uso do pronome “cujo” é determinado por aspectos específicos
O uso do pronome “cujo” é determinado por aspectos específicos
O uso do pronome cujo, semelhantemente a tantos outros assuntos ligados à gramática, encontra-se submetido a regras específicas. Há de se convir que em se tratando da oralidade ele não é um pronome assim tão recorrente; mas quanto à escrita o seu uso é notório. Daí a importância de você estar ciente das suas particularidades, de modo a exercer sua competência linguística de forma efetiva.
Partindo desse princípio e tendo a consciência de que se trata de um pronome relativo variável, analisaremos tais particularidades, estando elas demarcadas por alguns aspectos, entre os quais:
* Tal termo somente é utilizado no sentido de posse, fazendo referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. Observe:
O garoto cujo pai esteve aqui...A enunciação diz respeito ao pai do garoto, expresso antes.
* Não se usa artigo definido entre o pronome ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente.Voltemos ao exemplo anterior:
O garoto cujo (o) pai esteve aqui (situação inadequada)
O garoto cujo pai esteve aqui... (forma conveniente)
* O pronome deve aparecer antecedido de preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigir. Vejamos:
Aquela é a família de cuja casa todos gostam. 
Analisando a regência do verbo gostar, constata-se que ele se classifica como transitivo indireto, requerendo, pois, o uso da preposição. 
Esta é a professora em cuja experiência todos acreditam. 
Acreditamos em alguma coisa, logo, todos acreditam na experiência da professora. 
Eis a amiga com cujas atitudes não concordamos. 
Ao concordarmos, concordamos com algo, ou seja, não concordamos com as atitudes da amiga. 
Tratando-se, sobretudo, dos casos relacionados à regência, alguns “soam” de forma estranha. Contudo, é preciso passar por cima desse aspecto, optando pelo seu correto uso, sempre que assim se fizer necessário.