quinta-feira, 16 de maio de 2013

Analisando os pronomes possessivos

Atentemo-nos às orações que se seguem:

Cuide de seus interesses, pois eles proporcionar-lhe-ão excelentes oportunidades.

A cada quinze dias, visito meus familiares.

Zele por sua imagem, pois ela diz muito a seu respeito.

Certamente que ao nos referirmos aos termos ora em destaque, estes parecem revelar indícios suficientes para que possamos compreender as características que demarcam mais uma das muitas subdivisões a que se relacionam os pronomes. Pois bem, o termo “possessivo” nos remete à noção de posse, em se tratando das três pessoas do discurso.

Assim sendo, vejamo-los:


Dadas as particularidades as quais se relacionam aos fenômenos linguísticos de forma geral, compartilharemos a seguir com algumas delas, tendo como referencial o emprego dos pronomes possesivos mediante distintos contextos linguísticos.

a) O emprego dos pronomes possessivos, representados por “seu”, “sua”, “seus”, “suas”, em determinadas circunstâncias, pode causar duplo sentido. Exemplo:

A mãe não autorizou que o filho dirigisse seu carro.
Neste caso, estamos nos referindo ao carro de quem mesmo?
Diante de tal perspectiva, o enunciado carece de uma reformulação, expressa por:

A mãe não autorizou que o filho dirigisse o carro dela.
b) Muitas vezes, os pronomes possessivos, além de retratarem o sentido convencional (posse), representam também outros sentidos, como o caso de afetividade, respeito, cálculo aproximado e também ofensa. Exemplos:

A sala de espera, minha senhora, é aqui ao lado. (respeito)

Seu ingrato, não reconhece o quanto lhe ajudei? (ofensa)

Ela dever ter lá seus trinta e dois anos. (cálculo aproximado)

Meu caro amigo, quantas saudades sinto de você! (afetividade)

c) Não se recomenda o uso da modalidade em questão ao nos referirmos às partes do corpo que se relacionam ao próprio sujeito da oração, visto que seria redundante dizermos:
Eu penteei os meus cabelos. (Eu penteei os cabelos)
O atleta machucou a sua perna. (O atleta machucou a perna)

d) Em determinadas circunstâncias, os pronomes oblíquos “me”, “te”, “nos” e “vos” podem exercer a mesma função dos possessivos. Exemplo:

Toquei-lhe o rosto. (Toquei o seu rosto)
e) De modo a realçar o caráter possessivo, podemos empregar os vocábulos próprio(s), própria(s). Exemplos:

Como? Falando mal de seu próprio irmão?
Os fatos aconteciam dentro de sua própria casa.

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