Estudos anteriores permitiram-nos estabelecer familiaridade com as distintas classes de palavras, das quais cotidianamente nos servimos rumo à materialização de nosso discurso, nas mais diversas situações comunicativas.
A classe que ora figura em questão – representada pelos verbos – traduz por excelência sua significativa importância, pois é em torno dela que se organizam as orações e os períodos, implicando, assim, na efetiva estruturação do pensamento.
Diga-se de passagem, o verbo constitui uma classe um tanto complexa que, assim como as demais, se reveste de inúmeros traços peculiares. Para tanto, conhecê-los e torná-los práticos revela, sobretudo, indícios do aprimoramento de uma competência linguística devidamente satisfatória.
Assim sendo, temos que o verbo se constitui como passível de inúmeras flexões, sendo estas de número (singular/plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
O sentido que a ele se atribui é o de indicar ação (caminhar, estudar), estado (ser, estar, permanecer), fenômeno da natureza (chover, anoitecer, trovejar), entre outros processos.
Quanto a termos estruturais, pode-se dizer que, basicamente, três elementos se encontram envolvidos nesse processo: o radical, a vogal temática e as desinências. De modo a conferirmos acerca de suas particularidades, vejamos:
* Radical – constitui-se do morfema que traduz o significado essencial do verbo.
Exemplos:
fal –ar
estud – ar
part – ir
receb –er
vend – er
* Vogal temática – representa o morfema que permite a ligação entre o radical e as desinências. Assim sendo, há três modalidades que a representam:
a – caracteriza os verbos referentes à primeira conjugação.
cant – a – r - pul – a – r - estud – a – r
b – caracteriza os verbos referentes à segunda conjugação.
vend – e – r - beb – e –r - faz – e – r
c – caracteriza os verbos referentes à terceira conjugação.
part – i – r - permit – i – r - assist – i - r
Nota importante: ao conjunto formado pelo radical e pela vogal temática atribuímos o conceito de “tema”.
* Desinências – retratam os morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexões do verbo.
Há, portanto, desinências número-pessoais e desinências modo-temporais.
De modo a exemplificá-las, partiremos do exemplo em evidência:
CANTÁSSEMOS
CANTÁ= tema --------------------------- radical + vogal temática
-SSEMOS = desinência modo-temporal --------------------------------- (indica o modo: subjuntivo, e o tempo em que o verbo se encontra conjugado: pretérito imperfeito)
-MOS = desinência número-pessoal --------------------------------------(indica que o verbo se refere à primeira pessoa do plural).
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